O Plano Decenal PDE2034 prevê R$ 39 bi (US$ 6,7 bi) em investimentos até 2034, incluindo expansão de etanol de milho, 2G e novas fábricas.
O setor de biocombustíveis no Brasil vive um momento estratégico. O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2034), publicado pelo Ministério de Minas e Energia, projeta a necessidade de aproximadamente R$ 39 bilhões em investimentos no setor de etanol até 2034 — o equivalente a US$ 6,7 bilhões.
Essa projeção contempla a construção de novas plantas industriais, a expansão da capacidade de usinas existentes e o avanço em tecnologias como o etanol de segunda geração (2G) e o etanol de milho, que cresce rapidamente nas regiões Centro-Oeste e Norte.
Fatores que atraem capital ao setor
Para tornar o ambiente mais atrativo aos investidores, algumas estratégias são prioritárias:
- Estabilidade regulatória e previsibilidade tributária
Marcos legais sólidos e incentivos claros, como o RenovaBio, são fundamentais para garantir segurança jurídica ao capital privado. - Infraestrutura logística e acesso a mercados
Investimentos em ferrovias, hidrovias e portos são essenciais para reduzir custos logísticos e facilitar exportações. - Fomento à inovação tecnológica
O etanol 2G e os sistemas de cogeração são exemplos de tecnologias que elevam a eficiência produtiva e aumentam o retorno sobre o investimento. - Integração agroindustrial e economia circular
Usinas que produzem biocombustíveis, DDG, biofertilizantes e energia elétrica a partir da biomassa aumentam a diversificação de receitas e reduzem riscos operacionais. - Parcerias público-privadas e linhas de crédito verdes
Financiamentos com taxas diferenciadas, lastreados em critérios ESG, podem acelerar projetos sustentáveis e ampliar o acesso ao capital internacional.
Projeções e oportunidades
Com o aumento da mistura obrigatória de etanol na gasolina (E30), o crescimento da demanda interna e a abertura de novos mercados externos — como o recente acordo com a China para exportação de subprodutos — o Brasil se consolida como destino estratégico para investimentos no setor de bioenergia.
Empresas que se anteciparem às tendências e estruturarem projetos integrados, tecnicamente viáveis e ambientalmente sustentáveis, estarão mais bem posicionadas para captar recursos e liderar a nova fase do mercado de biocombustíveis.
Fonte: Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (MME), AdvancedBiofuelsUSA.info
